Silvana Harumi Nagai - 4º Dan de Judô

Formação acadêmica

- Mestrado em trenaimento de Alto Rendimento Desportivo - Universidade do Porto/Portugal - Revalidado pela Universidade de São Paulo (USP)

- Especialização em Judô - Associação Brasileira de Treinadores e Comitê Olímpico Brasileiro

- Pós-Graduação em Judô - UFRJ e EsPCEx

- Licenciatura Plena em Ed. Física - UFPE

Silvana Nagai nasceu em Recife, em 1972, um ano após seu pai, Tadao Nagai fundar a Associação Nagai Recife, assim, Silvana aprendeu a engatinhar nos tatamis da academia e talvez por isso, até hoje o Judô faz parte do seu caminho que não foi tão suave.

Silvana sofreu todas as dificuldades vividas pelas judocas da época e como a maioria delas, sua primeira luta foi contra o preconceito.

A escassez de meninas no Judô, fizeram com que Silvana, até seus 14 anos lutasse quase sempre apenas com meninos. Por essa razão, ainda hoje, quando encontra alguns adversários da época, hoje homens feitos, sorriem porque eles contam aos filhos que já apanhou muito dela.

Slvana, assim como seus irmãos, por ter sido atleta, sempre teve bolsa de estudo em uma das melhores escolas particulares de Recife, o Colégio Boa Viagem. Isso despertou nela, desde a adolescência, o desejo de trabalhar com jovens carentes para proporcionar a eles o mesmo benefício que o Judô lhe proporcionou.

Silvana sagrou-se diversas vezes campeão pernambucana e Nacional, tradicional campeonato feminino que acontecia anualmente, em Salvador/Bahia, onde viveu a emoção de vencer uma atleta que na época idolatrava, a judoca Patricia Bevilacqua, que tinha acabado de representar o Brasil nas Olimpiadas.

Silvana foi de uma época delicada do Judô feminino, ainda muito incipoente e sem nenhum tipo de incentivo. A única oportunidade de trocar experiência era nos treinamentos femininos em Santa Cruz, que apesar de sofridos, tiveram sua importânica para o desenvolvimento do Judô feminino no Brasil.

Em 1990, Silvana viveu mais um momento especial, quando conquistou o título de Campeã Brasileira de Judô. Esse foi um campeonato atípico, pois não havia ninguém da família com ela. Seu pai estava em outro evento em São Paulo e até hoje conta que foi uma das maiores emoções que viveu, quando ouviu anunciarem no ginásio que sua filha, Silvana Nagai havia sido campeã brasileira de Judô.

Um dos maiores dissabores da carreira de atleta de Silvana Nagai, foi quando a história meio que se repetiu, Silvana classificou-se entre as 04 finalistas para as Olimpíadas de Sydnei, mas a disputa nunca se realizou, pois, assim como aconteceu com seu pai, sua categoria foi cortada. Apesar da expectativa frustrada, o Judô ainda lhe reservou a oportunidade de representar o Brasil em campeonatos mundiais militares, onde chegou a alcançar a 5ª colocação.

Em 2008 participou de dois campeonatos como atleta e sagrou-se campeã nessas que foram suas duas últimas participações com judoca, no Campeonato Nacional Universitário (CNU) de Judo - Portugal, Associação Distrital do Porto e no Campeonato Internacional de Barcelos - Portugal, Judô Clube Barcelos.

Em 2012, aliando-se ao primeiro brasileiro campeão Pan-americano de Judô, Luiz Alberto Gama de Mendonça, Silvana Nagai realizou seu sonho de adolescente e começou o Projeto Malacacheta, no Complexo do Alemão/RJ, onde diz com orgulho que se formar um campeão olímpico será um grande prazer, mas que não será menos prazeroso se formar um campeão em qualquer outra área do conhecimento humano.

Mesmo sem infraestrutura adequada e sem ter como foco principal o Judô de alto rendimento, o Projeto Social Malacacheta de Judô já revelou ao país um atleta Campeão Brasileiro Estudantil.

Nos anos de 2014 e 2015, Silvana Nagai atuou como técnica da seleção carioca de Judô, sub13 e sub21, respectivamente, e em 2018 viajou como chefe da delegação carioca sub13.

Em 2019, Silvana compôs a equipe técnica da CBJ acompanhando seu atleta, Ryan Conceição, no Circuito Europeu, em Portugal, quando ele conquistou o bronze. No mesmo ano, foi convidada a compor a Comissão de Graus da Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro e ficou entre os 08 prfessores de Judô do Brasil, selecionados pela Confederação Brasieleira de Judô, Embaixada do Japão no Brasil e Kodokan do Brasil a compor a equipe brasileira numa imersão de um mês no Japão, para estudar o sistema de implementação do Judô nas escolas japonesas e tornou-se a primeira mulher a compor esse seleto grupo.